terça-feira, agosto 07, 2012

Honestamente, eu precisava vir aqui jogar a pá de cal nesse blog.
Obrigado Amigo!
Hoje eu sou outra pessoa.
Superei muito bem toda essa merda e ler isso tudo, hoje, me deixou orgulhoso e satisfeito por ser quem eu me tornei.
Uau!

Lógico que eu sei que esse meu lado "nuvenzinha negra" sempre vai morar dentro de mim, mas hoje, estou mais perto de ser o cara legal que um dia eu fui.

Dark Days... They´re gone!
Thanks God, They´re Gone!



terça-feira, dezembro 21, 2010

Making enemies is good (until when?) The Punk Rock Days of a boy named Krempel




Hoje me peguei pensando nos meus dias Punk Rock.
Tudo isso por conta de algumas entrevistas que dei ao longo dos anos e que estive re-lendo nessa tarde.
Fiquei com muita vergonha de mim mesmo. Eu não sei se qual era a razão pra ser daquele jeito, mas eu simplesmente encontrava, sempre, uma maneira de fazer alguma agressão.

Nós éramos uma banda de Punk Rock ou de Rock Apunkalhado e isso poderia justificar tamanha cretinice (será?).

Éramos tão cheios de si, mas tão cheios, que eu não conseguia me perceber, me escutar mesmo em shows).
Era uma rotina. Eu abria a boca e saía metendo o pau em Fulano, Ciclano, Beltrano, banda X, Y, Z.

Nunca percebi o quanto isso era patético, sem sentido e o quanto isso dava o direito para essas mesmas pessoas, dizerem A, B e C sobre a minha banda e especialmente sobre a minha pessoa.

Depois de quase 4 anos fora do circuito, eu vejo que a única pessoa que se machucou com tantas pedradas fui eu mesmo.

Quem ficou marcado como babaca falastrão, fui eu.

Não sei de onde vinha tanta arrogância. Até porque, eu amo conhecer pessoas e fazer amizades.

Eu sei que hoje eu poderia ser uma pessoa cheia de amigos, mas ao invés disso eu sou considerado uma pessoa cretina com vários desafetos e poucos e corajosos (e valiosos) amigos.

Talvez aquilo tenha sido a minha válvula de escape.
Talvez eu tenha sido um grande pateta a frente de uma bela porcaria de banda.

Mas eu juro, que eu engoli toda porcaria de energia negativa que eu joguei pro mundo exterior e hoje me sinto mais a vontade para deixar (como escreveu Bukowski em Blue Bird) meu lado mais humano e frágil se expor.

E sim... eu ainda ACHO (não tenho certeza) que sei fazer boas canções. Mas isso, só o tempo dirá.

quarta-feira, setembro 29, 2010

O PT e Eu!

Nunca fui de acompanhar a política a fundo, fui introduzido nessa pelo meu pai, que era afiliado ao PT, tinha uma bandeira vermelha com a estrela branca e autógrafos do Hélio Bicudo, Aloizio Mercadante, Suplicy, Luís Inácio e toda a patota que ajudou a fundar o partido.

Meu pai me levava em comícios, centros estudantis, comitês do partido e eu sempre via aqueles amigos dele, sindicalistas, estudantes, com um quê de revolucionários, tomando cerveja e discutindo política realmente entusiasmados em mudar o país até altas horas da madrugada.
Lá estava eu com meu cabelo comprido, camisa do Led Zeppelin e me achando mais um da turma.
Impossível não se empolgar com aquilo tudo.
Eram intelectuais, artistas, músicos, escritores, pessoas que defendiam a tal da Esquerda para tudo e para todos e que tinham sempre alguma história sobre como tinham sofrido com o regime militar.
Eu juro que nem sabia o que isso significava, eu só sabia que os doidões cabeludos e barbados (uma coisa meio Los Hermanos com trocentas pulseiras de couro e calças rasgadas), apoiavam a esquerda e os meus avós-classe-média-alta-do-Itaim-Bibi, apoiavam o Collor (que o Papai abominava mais que o Demoonio e que eu presumia ser a tal da direita), sem contar que o Vovô era assessor do Aloisio Nunes Ferreira e ele sempre conquistava a mamãe pra votar no traste, que segundo ele iria nos ajudar a ter o mesmo padrão de vida que ele tinha. Ahan!

Por nunca terem conquistado (realmente) o poder, o PT era o simbolo de uma luta pelo certo, pelo justo, pelos excluídos, pela ética.
E eu ja havia me decidido. Eu ia ser mais um desses caras barbudos e cabeludos que apoiavam a luta do PT e iria ajudar a eleger o Lula como Presidente.


E eu fiz isso!

Em 1992, eu tinha 13 anos e acompanhei (com meu pai) os caras pintadas, nos protestos que eram realizados na Praça da Independência, pedindo o Impeachment do Collor.

Que tempo bom!

Os anos seguintes também.
PT lutando e não conseguindo a presidência... Companheiros e Companheiras...

Anos se passaram e hoje tenho 31 anos, meu cabelo não é mais comprido e tão pouco minha barba cresceu. Papai faleceu e o Vovô também. Assim como as instituições e os sonhos que os dois apoiavam (cada um a sua).

Eu tenho vergonha de ver o que o Lula e sua turma se tornaram e o pior, oque fazem hoje em dia.
Eles se uniram ao Collor, Sarney e tentam eleger o Tiririca (que é do partido do falecido Enéas) e a Mulher Pêra.
SÉRIO!
Eles desenvolveram e aprimoraram todo aquele conceito de política que tanto criticavam.
E mais ou menos como aquela banda de Punk Rock que se vendeu ao sistema para ganhar dinheiro.
Sem contar as milhares de falcatruas.

Fizeram coisas boas?
Até que sim ou pelo menos não comprometeram, mas no final de tudo, fica nitida a mutação do PT em um partidinho qualquer.

Agora que todos querem que votemos conscientes (mas aboliram a Lei Seca em SP e no RJ), eu me pergunto.

Votar em QUEM?

Se no fundo, sabemos que quem vier, irá fazer o mesmo e seguirá o fluxo desse rio de sujeira.

Que venha o que tiver que vir.

Como diria John Lennon: "The Dream is Over!"

Ou como diria Butch: "Zed is dead baby!"

Onde estará aquele Hiponga Petista ultra politizado e engajado de 1992?
Provavelmente esta bem e trabalhando em algum escritório de Advocacia, defendendo as empresas de telecomunicações em processos abertos por clientes que foram vítimas de clonagem de linha ou algo do tipo e ouvindo Rush.


http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/southamerica/brazil/8031623/Clown-close-to-winning-a-seat-in-Brazil-parliament.html

quarta-feira, julho 01, 2009