quarta-feira, janeiro 30, 2008

Árvore Genealógica

Em meio a crises de identidade da minha família, minha crise dos 29 anos (um amigo me jurou que essa idade é cheia de reviravoltas), crise na minha (até então) eterna banda, resolvi mostrar de onde vieram as influências pra eu ser do jeito que eu sou.
Era uma vez um garotinho sem vergonha que gostava do Falcon e de Balão Mágico, quando tinha uns 8 anos viu o Cazuza cuspir na bandeira do Brasil e achou aquilo o máximo, seus pais logo lhe deram o LP Cazuza Ao Vivo. Muitos palavrões, letras ácidas e o garoto cantando aquelas pérolas no colégio.
Aí a merda já estava feita, deixou o cabelo crescer, colocou um brinco, arranjava mais brigas no colégio do que um Hooligan no campeonato inglês de futebol.
Alguns anos depois conheceu um amigo de seus pais.
O cara era simplesmente uma pessoa que dirigia, ouvindo Lou Reed e Stones no último volume, com um copo de uísque numa mão e um cigarro na outra e dançando dentro do carro como se não estivesse dirigindo.
Então o manézito começou a trabalhar e parecia que ele iria se adaptar...
Wrong!
Numa noite uma amiga de sua mãe, recomenda: "se você tem que trabalhar amanhã de manhã, tudo bem. Só não pode deixar de sair e se divertir. Mesmo que isso signifique chegar em casa às 3:00."
Desse comentário veio a boêmia.
Sem contar outros modelos como o tio maconheiro, o tio traficante, o avô e o pai tarados...
Foram tantos modelos que o que eu sou hoje não é surpresa pra ninguém.
Eu realmente fui criado pra ser o filho porra louca.
Será que precisava?
Acho que isso já estava no meu sangue, desde quando minha mãe trocou meu nome de Vinícius Krempel Pereira, para Matheus. Troca de nome feita devido a protestos de meu avô que dizia que Vinícius era nome de poeta louco e boêmio. Realmente a numerologia não poderia me salvar de nada.

Agora depois de ler esse texto, não me pergunte se sou louco ou algo do tipo. Isso seria uma redundância enorme e provavelmente eu acharia que o louco é você.

Passar bem!