quinta-feira, dezembro 25, 2008

Last cup of sorrow



It's your last cup of sorrow.
What can you say?
Finish it today.
It's your last cup of sorrow.
So think of me
and get on your way.


domingo, dezembro 14, 2008

Na Gangorra da vida

Era seu aniversário.
Lucia era a mulher mais feliz do mundo.
Todos os amigos reunidos, casa cheia, cerveja a rodo.
Uma noite perfeita.

Tom, seu parceiro, não se aguentava em pé. Ele havia bebido mais do que podia só para poder aguentar o desconforto de estar na casa em que Lucia e seu ex-marido haviam vivido.
Tom se sentia um estranho.
Lógico que o fato de todos os amigos dela terem gostado dele ajudou, mas um sentimento de que ainda existia algo pra ser resolvido e que ainda teria um capítulo bombástico nessa história o perseguiam.

Por volta de 02:30 todos foram embora da casa de Lúcia e Tom estava cambaleando pela sala.
Ela convidou ele pra ir pro quarto.
Foram pro quarto e chegando lá, Tom praticamente apagou na cama.
Lúcia olhava pra Tom, encantada, admirando seu ronco espetacular e se perguntando o que diabos ela tinha visto no traste.

Desistiu de pensar e se rendeu ao sono também.

Na manhã seguinte, Tom acorda e não vê Lucia ao seu lado.
Desse as escadas com calma, sem fazer barulho.
Não vê ninguém na sala e continua sua busca cuidadosa.
A cabeça está latejando.

Num piscar de olhos, encontra com Lucia recolhendo merda de cachorro no quintal.

Os dois se beijam e Tom decide ajudar Lucia a arrumar a casa.

Um copo d´água e momentos depois estão se beijando no quarto.
Um momento único, como sempre acontece quando os dois se tocam.
Tom arranca a roupa de Lucia.
Suor, puxões de cabelo, mordidas no lábio, arranhões nas costas, tudo isso seguido de um orgasmo de tremer as pernas.
Aquele tipo de orgasmo que te da vontade de acender um cigarro e ficar deitado pra sempre, ou pelo menos até a próxima ereção.

Lúcia se levanta da cama e vai ao banheiro.
Tom procura um cigarro pelo quarto.
Completamente nu, ele ouve barulhos no portão.
Chaves.
Corre pra janela e vê o ex-marido de Lucia entrando na casa.

Tom corre desesperadamente pro banheiro e avisa Lucia que de prontidão o coloca pra dentro do banheiro com ela e tranca a porta.

O Ex de Lúcia, grita avisando que está em casa e que veio buscar umas peças de roupa que faltavam levar.

Lucia começa a chorar e Tom procura uma saída do banheiro para a rua.

A tensão estava no ar.
Faltava um capítulo nessa história toda.
Ele sabia.
Ela sabia.
O Ex dela sabia.

Nesse momento, Tom lembra que esqueceu sua carteira, seu cigarro, sua meia e sua cueca espalhados pela casa.

Era tarde demais.

-Luciaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!! De quem são essas roupas aqui? Sua vagabunda. Eu sei que ele está ai.

Socos na porta do banheiro.

Tom abre a porta e coloca Lucia pra enfrentar seu Ex-marido, não sem antes desejar Boa sorte.

De Repente... Outro berro:

-Tom??? Sua vagabunda. Logo ele?! Nãooooooooo.

Tom gela no banheiro.

Desesperado por um cigarro e uma cerveja, ele mal consegue respirar.

Sente uma vontade enorme de cagar, mas acha que não seria sábio fazer suas necessidades numa hora tão imprópria.

Lucia e seu ex, discutem em voz alta na sala.

Tom, esta desesperado no banheiro.
Ele quer cagar, fumar um cigarro, tomar uma cerveja e acreditar que nada disso está acontecendo.

A discussão no andar de baixo se transforma em choro.

Nessa hora, Tom decide abrir a porta do banheiro e se juntar aos dois.

Ele desce as escadas cuidadosamente.
Ele quer usar o elemento surpresa a seu favor.

-E aí gente? Tudo bem?

A reação do antigo casal é de incredulidade.

Tom pergunta se pode pegar uma cerveja.
Ninguém responde.
Ele abre a latinha e dá um belo, longo e demorado gole.

Pega um cigarro e pede o isqueiro emprestado para o Ex de Lucia, que em estado de choque não nega fogo ao rapazinho.

- Ok. Estamos nós 3 aqui reunidos, na situação mais embaraçosa dos últimos tempos.
Ex da Lucia, sim sou eu mesmo. Meu nome você sabe é Tom e não é Ricardo.
Eu sinto muito por tudo o que aconteceu.
Eu não sou melhor do que você e juro que não planejamos nada disso.
Inclusive se você quiser me dar um soco, vai em frente e me acerte ou acenda um cigarro, pegue uma cerveja e se junte a mim no quintal.

Lucia não acredita na reação de Tom, seu ex também não e em estado quase catatônico se junta a Tom no quintal.

Tom lhe da um grande abraço, pede desculpas e diz que essa foi a melhor maneira que poderia ter acontecido para que ele pudesse finalmente desisitir dessa relação.

- Não espero ser seu melhor amigo cara. Aliás estou muito mais pra um grande Filha da Puta do que para qualquer outra coisa. Mas saiba que nada foi feita pra te atingir.
Não sou teu inimigo. Não quero ser.
Mas hoje eu sou o Outro.
E eu odeio o Outro mais do que qualquer coisa.
Quero que você saiba, que eu não estou numa posição confortável.
E com certeza não estou ocupando lugar de ninguém.
Teu lugar é todo teu e só teu.
Mas acho que existem lugares diferentes pra diversas pessoas em um só coração.

Lucia chora de alívio.
Seu ex chora de tristeza.
Tom acende outro cigarro e entra na sala:

-Lucia! Vá conversar com seu ex lá fora. Vocês precisam conversar.

Lucia atende seu pedido e leva seu ex até o portão da casa.
Os dois se abraçam e choram.
Tom já passou por isso, entende a necessidade desse choro dos dois.

Ele observa tudo pelo reflexo do espelho da sala.

Os dois se despedem no portão.

Tom apaga o cigarro e sopra fumaça pro ar, com a consciencia de ter feito a coisa mais inusitada e correta.

O carro parte, sem cantar pneus.

Lucia chora no portão.

A vida realmente é uma gangorra.

quarta-feira, dezembro 03, 2008

O Cavaleiro sem cabeça se apresenta!

E de repente tudo ficou sem graça... ou muito engraçado.
Depende do humor de quem se aventura a ler por entre essas linhas.

Estaria o menino de calças "tipo fralda", se revelando um amante de mulheres impossíveis?
O que o leva a escolher a dedo pessoas tão complicadas?

Freud explica.

Ou não explica porra nenhuma.

Alguém aqui pediu explicação de alguma porra?

Não FODE!

Eu juro que não sou uma má pessoa, sorry the damages on you;
Sou apenas uma alma incontrolável se preparando pro dia em que finalmente se permitir ser domesticado.

Até lá...

Não me odeiem, eu só estou passando Band-Aid nas minhas feridas; sou apenas o cavaleiro sem cabeça, levando sua cabeça debaixo dos braços. pro topo da colina mais alta que encontrar.