terça-feira, dezembro 21, 2010

Making enemies is good (until when?) The Punk Rock Days of a boy named Krempel




Hoje me peguei pensando nos meus dias Punk Rock.
Tudo isso por conta de algumas entrevistas que dei ao longo dos anos e que estive re-lendo nessa tarde.
Fiquei com muita vergonha de mim mesmo. Eu não sei se qual era a razão pra ser daquele jeito, mas eu simplesmente encontrava, sempre, uma maneira de fazer alguma agressão.

Nós éramos uma banda de Punk Rock ou de Rock Apunkalhado e isso poderia justificar tamanha cretinice (será?).

Éramos tão cheios de si, mas tão cheios, que eu não conseguia me perceber, me escutar mesmo em shows).
Era uma rotina. Eu abria a boca e saía metendo o pau em Fulano, Ciclano, Beltrano, banda X, Y, Z.

Nunca percebi o quanto isso era patético, sem sentido e o quanto isso dava o direito para essas mesmas pessoas, dizerem A, B e C sobre a minha banda e especialmente sobre a minha pessoa.

Depois de quase 4 anos fora do circuito, eu vejo que a única pessoa que se machucou com tantas pedradas fui eu mesmo.

Quem ficou marcado como babaca falastrão, fui eu.

Não sei de onde vinha tanta arrogância. Até porque, eu amo conhecer pessoas e fazer amizades.

Eu sei que hoje eu poderia ser uma pessoa cheia de amigos, mas ao invés disso eu sou considerado uma pessoa cretina com vários desafetos e poucos e corajosos (e valiosos) amigos.

Talvez aquilo tenha sido a minha válvula de escape.
Talvez eu tenha sido um grande pateta a frente de uma bela porcaria de banda.

Mas eu juro, que eu engoli toda porcaria de energia negativa que eu joguei pro mundo exterior e hoje me sinto mais a vontade para deixar (como escreveu Bukowski em Blue Bird) meu lado mais humano e frágil se expor.

E sim... eu ainda ACHO (não tenho certeza) que sei fazer boas canções. Mas isso, só o tempo dirá.